Vou em direção ao mar.
São as primeiras horas do dia.
No caminho encontro muitas pessoas.
Me parecem como sobras da noite.
Gente trôpega, ainda exalando bebida.
Muitas cambaleiam, as vejo desorientadas.
Me pergunto se isso também não é uma fuga.
Penso que cada um enfrenta seus proprios fantasmas
Cada qual a sua maneira.
Sigo em frente.
Ao longe vejo o mar.
Ele continua ali, como ontem e como sempre.
Na verdade sofre pequenas oscilações.
De ondas, da temperatura da água.
Que independe dele
É a interferência do homem no mundo.
Interfere nas variações climáticas.
Piso na água e questiono.
Será que nossas mudanças dependem somente de nós.
Ou somos que nem o mar.
Estamos à deriva sujeitos as variações dos outros...
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