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Descrição

escrevo coisas vindo do coração, de ouvir sobre a vida dos que tem para contar. São memórias de vida e anseios do futuro, sou um ser inquieto, uma alma procurando resposta que não sei se as terei, mas a busca continua.

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tradutor

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Quero


Quero a paz do silêncio

Ficar só comigo mesma

Respirar ar puro

Sentir a água em contato na pele

Conspirar com a natureza

Energizar-me com os seus elementos

Fazer com que tudo dê certo

Lutar pelo meu melhor

Brincar de ser feliz

Acreditar tanto, que de tanto acreditar

O sonho se torne real



Fuga



Fugir

Em um dia de chuvoso,

Entender depois de uma longa espera, que não adiantaria

Ligo para o número que me deu, ninguém atende

Imploro em pensamento que você venha ao meu encontro

Culpar o tempo? as horas vão correndo sem que tu apareças

Ir de um lado para outro, até sentar exausta, ainda esperando

Definitivamente, tu não vens

A quem recorrer o que fazer

Devia ter ouvido a voz da razão

E pensar que mais uma vez, acreditei em suas mentiras

Saio andando, faço o caminho de volta agora é o f i m

Verão


O verão chegou
De forma contundente

Sem deixar dúvidas

Que ele está o comando

Parece até a guerra dos mundos

Trouxe com ele, aquele cansaço

Típico da estação

Fico sem jeito para sair

Parece que tudo ao meu redor ferve

Fico mais intimista

Em casa, revisito

Minhas coisas há tanto tempo deixadas de lado

Preparo-me para um retiro

Examino-me, me reavalio

Não mudou quase nada

Mas quem sabe, o verão

Pode trazer com ele surpresas

De superações e recomeço

Mirante do Leblon


Domingo, dia de preguiça

Amanheceu nublado,

Trazendo uma calma absurda

Pouca gente transitando

Talvez esperem pelo Sol

Saio para andar, vou em direção

Ao meu lugar favorito o

Mirante do Leblon

A vista lá de cima é deslumbrante

O sol se insinua por entre as nuvens

Com seus primeiros raios,

As pessoas começam a chegar à praia

O mar encanta, fascina tem um brilho próprio

Conhece seu próprio poder

Quando quer ficar só,

Forma ondas que amedrontam os invasores

Impedindo-os de desfrutá-lo

Meus olhar se pede em sua imensidão

Sei que minha alma precisa repousar

Peço uma água de coco no quiosque

Fico ali admirando o mar

E ouvindo o cantor de sempre

No mesmo banquinho cantando MPB

Sinto harmonia nesse ambiente

Pessoas de muitas tribos de falas diferentes

O dia começa a se despedir

Do alto observo

Os banhistas sacudindo suas toalhas

É hora de ir embora

Deixar a praia só para o mar

Afinal, ela é seu quintal

Também me despeço, começo a descer a rua

Que vai serpenteando a praia

Retorno para casa nada mudou,

Mais estou mais leve, mais confiante

Adoro-te LEBLON

Por algumas horas

Libertou-me de sentimentos

E magoas que contaminam meu corpo e mente





Refugio


Hoje em meu refúgio

Penso em seu corpo, ah seu corpo

Tão cheio de sensualidade

Mas apenas um corpo...

Incapaz de amar

Mas sabe fazer sofrer 

Hoje sei por onde caminhar

Como tudo seria diferente

Se tempo me fosse dado

Se ficasse cara a cara, com você

Na intimidade de outrora

Por certo não seria igual

Apesar de ter amado, tanto

Mais de que me foi permitido,

Não viveria de lembrança de tua chama

Que no tempo teima em não findar

É um amor que por instante,

Faltam-me palavras para descrevê-lo

Apenas me fez sonhar

Vivi em ti

Em uma viagem sem volta

Não sou eu quem fala

Mas todos meus sentidos,

Manipulados por tanto tempo

Chego a pensar,

Que a liberdade para mim, não existe

Choro por tudo, não com rancor

Mas com delicadeza de quem viveu a magia do sonhar,

Quero desprendo-me de tudo com a doçura

Como um dia de verão

Aonde a natureza vem

Brindar-me com seu encanto

Indiferente que entre a miséria e nobreza

Amei e vivi por um momento uma fantasia

E te amei como te amei


Um dia de Sol

Acordo com o quarto inundado de luz

Olho para fora e vejo o sol se exibindo

Com todo seu esplendor, é envolvente, cativante

Demonstra sua força com seus raios poderosos

Até a terra parecer tremer

Insinua-se, convida-me para sair

Mas avisa, se descuidar eu te atinjo

Resolvo desafiá-lo

Saio para andar ao ar livre

Vou até a praia

Resolvo molhar-me

Vou deixar que ele seque minha roupa

Ele é o Rei o astro da festa

Ele vai brilhar até a noite chegar

Ele é tão poderoso que apesar de tão distante

Da terra, pode curar e matar

Mas que horrível seria se ele não aparecesse mais

Quem vai substituí-lo com tamanho brilho?

Com certeza ninguém

Assuntos em pendência

É estranho pensar

Que ainda temos assuntos

Pendentes entre nós

Às vezes tenho a sensação

De termos esgotado tudo

Foram tantas coisas ditas

Magoamo-nos tanto

Cada qual usou sua capacidade

De argumentação, sem se importar

O quanto machucava

Precisamos conversar

Passar tudo a limpo

Encontrarmos a paz

Quero resolver tudo, nesse mundo físico

Até porque não sei se há outro mundo

Precisamos resgatar o respeito

Nosso bem querer

Ainda penso que o amor

È a única matéria que nos molda

Então porque insistirmos em ficarmos disformes

Todo esse sofrimento tem que ficar no passado

O presente tem que tem outro sabor

De fruta colhida

De roupa lavada

De chuva na terra

De êxtase, um Déjá-vu

Passado


Sou dessas pessoas que pensava que o passado é passado
Mas que grande engano
Ela persegue, por toda vida
Pensei que certas verdades, estavam enterradas
Assim evitariam dor e humilhação
Ajuizei que estava junto com um cavalheiro
Mas eis que em uma discussão rotineira
O passado é lançado ao meu rosto
Fiquei desnorteada, acho que sempre fiz de conta
Que ele jamais existira
Mas você como um algoz impiedoso
Deixou-me sem saída, sem defesa
Por que não falavas mentiras,
Apenas desenterrou o passado
Abriste uma velha ferida
Agora sangra, nada pode estancá-la
Fantasiei que estivesse segura
Mas o tecido da cumplicidade foi rompido
Não tem conserto, o dano foi inexorável
Talvez não saibas, mas agora tenho certeza
Por mais que eu lave essa nódoa jamais sairá

Recordação



Hoje ao acordar

Reportei-me de imediato

Ao passado.

O véu se dissipou e de forma clara

Pude retornar ao ano fatídico

Que ela se foi.

Parece que esta acontecendo

Tudo novamente

Me vejo

Chegando à cidade

Entrando no táxi e percorrendo

O mesmo caminho

Que ela muitas vezes o fez

Olho para as pessoas

Andando na rua

Parecem indiferentes a minha dor

Ao longe avisto a casa

Onde morava

Onde passei parte da vida

Num impulso desço do carro

E corro para ela mas...

Não estava como de

Costume a minha espera

Percorro a casa

Sinto sua presença em toda parte

Mas não a vejo

Não quero acreditar

Que ela se foi para sempre

Começo a vasculhar suas coisas

Mesmo que isso me machuque ainda mais

Preciso continuar

Talvez espere que ela

Apareça para me repreender

Mas nada acontece,deito em sua cama

Ainda tem seu perfume

Sempre foi uma pessoa delicada

Vou em  uma corrida insana

Da sua casa a ultima morada

Mas nada que eu faça vai mudar

O que já foi destinado

Ainda hoje, sinto sua  presença serena junto a mim

O que fazer? a não ser esperar

Para reencontrá-la

E onde você está?

Aguarde-me, não é adeus

mas até breve

Te amo para sempre

Minha adorada mãe

Ano Novo

A cada Ano Novo

Renovo antigas promessas

Algumas de tão velhas, já desbotaram

Mas no  recontar do novo calendário,

Eu as recrio com novas cores

Fazem parte do meu querer

São projetos inacabados

Preciso completá-los, para me sentir inteira

Anseio em reencontrar meu norte

Fortalecer-me, parar de sofrer

Por aquilo que já esta perdida

Deixar para trás, velhos hábitos

Desmontar a árvore do pessimismo

Deixar florescer a alegria

Renascer como Fênix

Andar por esse mundo

Sem pesar e me sentir pesada

Ter a delicadeza da Camélia

A resistência dos cactos

Há! Esse ano serei a timoneira

Da minha própria existência