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escrevo coisas vindo do coração, de ouvir sobre a vida dos que tem para contar. São memórias de vida e anseios do futuro, sou um ser inquieto, uma alma procurando resposta que não sei se as terei, mas a busca continua.

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Casulo


Do quarto ao lado

Posso sentir sua respiração

Sei qquando se revira entre os lençóis

Mas mesmo assim, continuas irredutível

Não há diálogo possível

Não há um gesto em minha direção

Para tentar resolver os problemas

Tudo fica insustentável

És frio como uma rocha

Tenho certeza que por você

Viveremos assim, para sempre

Neste silêncio constrangedor

Mas alguém terá que romper o casulo

Que cada qual criou em torno de si

Virar borboleta e voar para longe

Enquanto ainda há vida

Será bom para os dois

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