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escrevo coisas vindo do coração, de ouvir sobre a vida dos que tem para contar. São memórias de vida e anseios do futuro, sou um ser inquieto, uma alma procurando resposta que não sei se as terei, mas a busca continua.

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Saudades



Sinto saudades de minha infância

Onde brincávamos despreocupados

Não existiam medos

Violências absurdas

De manhã, a casa acordava com

Cheiro de pão de milho e café

Minha mãe tinha o perfume do jasmim

Que ela cultivava perto da janela do quarto

Era tempo de descobertas

Do primeiro namorado

Tudo era tão puro

A escola era lugar de aprendizado

De respeito aos professores

Ninguém sabia que existiam guerras

Gente passando fome

Amigos infiéis

Era um mundo pequeno

Mas éramos felizes



Caminhos


Se preciso for,

Percorrerei todos os caminhos

Subirei as montanhas

Andarei pelos campos, cidades

Nadarei em rios, mares

Até mesmo em recantos improváveis

Só voltarei quando estiver refeita

Não me deixarei destruir

Quero e preciso

Me proteger de mim mesma

O tempo não para e nem volta

Não pode parar e esperar por mim

Tem que seguir, existe um circulo

Que  tem que se completar

Assim como eu

Ficar


Não lamente por mim

Nada perdi

A decisão de ficar foi minha

Na vida fazemos escolhas

Algumas certas outras não

Um olhar desatento,

Vai parecer  insensato

O caminho que escolhi

Sei que seria mais fácil desistir

Mas escolhi ficar e

Lutar , reconquistar o tempo perdido

O espaço vazio que ficou

Preciso gritar e chorar

Para depois rir, rir tão alto

Que meu eco vá muito além

Da sensibilidade auditiva humnna

Um lugar habitado por anjos

Que ouvirão e decerão

A terra e me protegerão

Para sempre


Reconstruir



À noite esta surpreendentemente calma

Em pensamentos, procuro-te

Mesmo não estando ao meu lado

Sinto tua presença, mais do que nunca

Ela me trás segurança

Abro a janela

Olho para o céu

As estrelas estão com um brilho diferente

Um arrepio percorre meu corpo

Transporto-me ao tempo

Que éramos felizes

Percorríamos os jardins

Onde as margaridas cresciam

Sinuosas exibindo-se

Para as borboletas que voavam entre elas

Fazendo desse bailando, uma grande festa

Não podemos voltar ao tempo

Mas podemos tentar  reconstruir

As ruínas do que um dia

Chamamos de amor